Como Ver a Chuva de Meteoros Perseidas

Para ver a chuva de meteoros, é necessário que você se localize e olhe para o céu na direção norte. O melhor local para observação é um local escuro para admirar este belo fenômeno. Os meteoros podem aparecer em qualquer lugar do céu, mas o rastro irá apontar sempre para a constelação de Perseu.


Nesta quarta, 12 de agosto, acontecerá um fenômeno importante no céu. É a chuva de meteoros perseídeas.

Será possível ver uma chuva de meteoros na constelação de Perseus, por isso o nome de Perseída.

Os meteoros são fragmentos do cometa Swift-Tutlle, quando a Terra cruza este rastro deixado no espaço ocorre a chamada chuva de meteoros.

A Terra irá cruzar o rastro dos perseídas de 23 de julho a 22 de agosto, sendo que o pico de meteoros que irão atingir a atmosfera terrestre será no dia 12 de agosto, será uma taxa de 80 meteoros por hora.

A mais famosa chuva anual de meteoros - que ocorre durante as férias de grande parte das pessoas - deverá alcançar o seu pico de 2005 durante as noites de Quinta e Sexta, de 11 para 12 e de 12 para 13 de Agosto. A Lua em Quarto Crescente pôr-se-á entre as 23:00 e as 00:00, deixando o céu escuro para as melhores horas de observação meteórica, desde a meia-noite até aos primeiros raios de Sol.

Durante estas horas o radiante da chuva, localizado entre Perseu e Cassiopeia, estará bem alto a Nordeste - por isso os meteros poderão aparecer em todas as partes do céu a um ritmo de cerca de um por minuto, quando visto por um único observador.

Esta é, no entanto, a previsão para um céu bom e escuro. Mas mesmo se vive sob poluição luminosa moderada, o que acontece com a maioria de nós, podemos pelo menos observar as mais brilhantes Perseídas.

O componente normal e dependente desta chuva, "antiga e de confiança", deverá atingir o máximo por volta das 17 horas (UT, 18 horas em Portugal) a 12 de Agosto. É ainda de dia, mas as noites antes e depois deverão ser igualmente boas. Felizmente, as Perseídas permanecem activas durante alguns dias, antes e depois do seu pico.

Em adição, existe uma ligeira hipótese de um breve pico extra, durante talvez umas quantas horas, às 10 horas de 12 de Agosto. Mikiya Sato do Japão calcula que a essa altura, a Terra possa passar por uma corrente de material que foi libertado pelo cometa Swift-Tuttle, pai das Perseídas, durante a sua passagem pelo Sol no ano de 1479. O ano passado a chuva de meteoros Perseídas mostrou um pico extra muito forte devido a uma corrente semelhante, libertada pelo cometa em 1862.

Não precisa de qualquer experiência para observar as Perseídas. Apenas procure um local com a maior área de céu visível possível e sem luzes próximas. Traga alguns agasalhos, deite-se no chão com uma manta ou uma toalha, ou sente-se numa cadeira confortável, e observe as estrelas. Tenha cuidado com os mosquitos.

Seja paciente, e dê aos seus olhos tempo suficiente para se adaptar à escuridão. A direcção para onde deve olhar não é necessariamente para a de Perseu, mas na qual o seu céu é o mais escuro, provavelmente para cima, perto do zénite.

Fazendo contagens

Muito mais divertido do que uma observação informal, é fazer uma contagem científica de estrelas cadentes usando os métodos padrão. Desta maneira podemos contribuir para o nosso conhecimento de como as Perseídas mudam de ano para ano.

Para fazer isto precisamos de um céu razoavelmente escuro, de preferência um em que possamos observar estrelas até à magnitude 5.5 à vista desarmada. Precisaremos de um relógio e de um bloco de notas ou qualquer outro utensílio em que podemos registar o tempo.

Uma vez instalados, e adaptados à escuridão, prestes a começar, anote-se o tempo. Sempre que se observe uma estrela cadente, caracteriza-se com um "P" para Perseída ou "NP" para não-Perseída, dependendo se o seu percurso, traçado longe o suficiente no céu, intersecta a parte Norte de Perseu. É também altamente desejável, embora não essencial, estimar a magnitude de cada meteoro.

Durante a maioria do tempo nada acontecerá. Usa-se esta altura para encontrar o limite da magnitude que se consegue observar na parte do céu em que estamos direccionados (cartas para este propósito estão nos links abaixo mencionados), e anota-se isto em conjunto com o tempo. Este processo tem que ser repetido se as condições do céu mudarem ou se estivermos expostos a algum tipo de luz.

Não faz mal fazer um intervalo; anota-se o tempo em que parámos de observar e quando recomeçámos. De qualquer modo, é sempre melhor apontar a hora em cada 30 minutos.

Finalmente, estimamos que percentagem da área de observação está obstruída por árvores, edifícios, ou nuvens (não contando com a parte exterior da visão periférica, que é na sua maioria insensível a meteoros). Se a quantidade de obstrução mudar, como por exemplo durante passagens de nuvens, anota-se uma nova estimativa e a hora. Será melhor desistir se a obstrução chegar a mais de 20%.

Se duas ou mais pessoas observarem em conjunto, cada uma deverá fazer separadamente a sua contagem, estimativa de magnitude-limite, e outras notas completamente sem influências de quaisquer outro indivíduo. É preferível observarem em direcções diferentes, e passar o tempo falando sobre outras coisas.

O propósito de isto tudo é dar um significado aos números; isto é, torná-los convertíveis na medida padrão da verdadeira actividade meteórica, a frequência zenital horária. Este é o número de meteoros que podem ser observados por um único observador por hora se o radiante da chuva se encontrar no zénite, se a vista estiver desobstruída, e se o céu fôr escuro o suficiente para serem visíveis estrelas com magnitude 6.5.

Um bom perfil de actividade - um gráfico de como esta frequência se comporta desde o começo até ao fim da chuva - requer muitos milhares de meteoros contados da mesma maneira por muitos observadores. Idealmente, os contadores deveriam estar espalhados por todo o globo de modo a que a chuva permanecesse sob observação contínua (24 horas por dia) durante alguns dias. Quanto mais boas contagens tivermos, mais correctamente o gráfico final representa o comportamento verdadeiro da chuva. Convém que os observadores se situem em longitudes escassamente populadas, bem como em longitudes na maioria com céu limpo.

Instruções oficiais, mapas celestes para encontrar a sua magnitude limite a olho nu, e documentos necessários para submeter as suas observações podem ser encontrados no site da Organização Internacional de Meteoros, e também na Rede Norte-Americana de Meteoros. Pode submeter os seus resultados a qualquer dos grupos; todos os dados são partilhados entre ambos.





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